Casos de Ectima Contagioso em nossa Região

Durante os meses de junho, julho e agosto, em Mariana Pimentel foram diagnosticados em torno de sete propriedades rurais com contágio de Ectima contagioso, conhecido como o nome popular de Boqueira. O que desperta um alerta sanitário em nossa região.

É um vírus da família Roxviridae do gênero Parapoxvírus, acomete caprinos e ovinos. Pode ser transmitida ao homem (zoonose), quando em contato com animais infectados, manifestando-se como uma erupção cutânea crônica, circunscrita, muito irritante, com tendência à hiperplasia. Recomenda-se sempre utilizar luvas quando o manuseio destes animais for necessário.

Forma de contágio

O contato direto ou indireto por utensílios ou pastagens contaminadas são as principais formas de disseminação da enfermidade. Outro fator importante é o agrupamento dos animais, assim favorecendo o surgimento de surtos. Tendo em vista a existência de portadores crônicos. As crostas das feridas e pedaços de lesões revelam-se infectantes durante meses e até mesmo anos. É possível que o vírus se conserve viável e infectante de um ano para outro.

Sinais Clínicos

As lesões são mais comumente observadas nas comissuras (crostas) ao redor dos lábios. Nos casos mais graves, a infecção se estende até as gengivas, narinas, olhos, úbere, língua, vulva, região perianal, espaços interdigitais e coroas dos cascos.

Profilaxia

Como medidas preventivas e de controle aconselha-se isolar os animais adquiridos por 2 a 3 semanas; fornecer o colostro aos filhotes; manter instalações limpas e desinfectadas; separar e tratar os animais doentes e vacinar os restantes. Em áreas endêmicas, vacinar as fêmeas prenhes de 2 a 3 semanas antes do parto e duas semanas após o parto.

Tratamento

O tratamento poderá ser feito com aplicação de bacteriostáticos como sulfato de cobre 5% ou iodo 7% nas lesões. Em animais de alto valor pode ser utilizado Pomade de princípio ativo Aciclovir. Pode-se utilizar Oxitetraciclinas ou cetiofur injetáveis para combater infecções secundárias.

A vacina é aplicada em forma de escarificação, na axila ou na face interna da coxa. Atenção, por ser uma vacina viva não é recomendada a vacinação em propriedades onde não ocorrem casos de ectima.

Secretaria de Agricultura de Mariana Pimentel – RS

Setor Veterinário

Inspetoria Veterinária

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